A mídia de performance é provavelmente a maior inovação deste século no campo da comunicação. Um pequeno milagre. Ela concretiza promessas históricas da publicidade: segmentação de campanhas para públicos de interesse e mensuração em tempo real. E o mais importante, você paga só pelo resultado.
É o mundo perfeito. Finalmente CMOs e CFOs poderão ser amigos, reduzindo a dúvida que pairava sobre a verdadeira utilidade do orçamento de Marketing. Hal Varian, o economista do Google responsável por inventar o sistema de leilão de palavras, teria salvado os publicitários.
Na corrida do ouro da mídia performance, mais e mais recursos foram concentrados no fim do funil. O CMO passou a conviver com o CGO (Chief Growth Officer), indicando o novo imperativo da mídia: crescimento claro e provado. Tudo corria bem, mas como tudo o que é bom dura pouco, eventualmente os problemas começaram a aparecer.
Antes de falarmos das armadilhas da mídia performance, vale recobrar seu propósito original. Trata-se de um instrumento focado em captura de demanda. Isto é: converter o interesse já existente em uma categoria ou produto em vendas.
Esse propósito se deve à arquitetura de segmentação da mídia de performance, que exibe anúncios para quem busca termos associados ao produto, ou quem tem um perfil de interesse nas redes sociais associados a ele. Em ambos os casos, o interesse já existe e, portanto, a propensão à compra.
Os problemas que menciono abaixo foram mapeados empiricamente em todo tipo de cliente: de startups early stage a anunciantes de grande porte. A narrativa segue um fluxo comum:
Essa narrativa está se tornando cada vez mais comum. É criada pela mecânica de funcionamento inerente da performance. Sem as mídias que renovam a geração de leads, encontrar novos consumidores com interesse se torna cada vez mais difícil, encarecendo os custos de aquisição e desacelerando o crescimento. Eventualmente, a fonte seca, e o crescimento estanca.
Soma-se ainda o efeito indireto de encarecimento do CPM (Custo por mil impressões) decorrente da migração em massa dos anunciantes para a mídia performance, e temos a tempestade perfeita: marcas enfraquecidas, baixa geração de demanda e custos de aquisição em alta.
Apesar dos problemas, evitar a armadilha é simples. Usar a mídia performance com moderação, entendendo seu verdadeiro propósito e aproveitando sua sinergia com outros canais de aquisição. Em outras palavras:
Os funis de conversão mais eficientes são daquelas startups que trabalharam awareness e consideração desde cedo.
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